God of War (PSP)

"God of War" nasceu no PlayStation 2 e rapidamente se tornou a principal franquia de ação da Sony. A combinação de combates excelentes, cenários épicos, quebra-cabeças e o carisma do antiherói Kratos rendeu dois grandes jogos no PS2 e um dos principais títulos do PlayStation 3, mas também deixou sua marca no PSP, com "Chains of Olympus", lançado em 2008 e até hoje, um dos melhores jogos do portátil.

 

Eis que dois anos depois, o PSP recebe "Ghost of Sparta", uma nova aventura do Deus da Guerra, que, assim como o episódio anterior, preenche lacunas entre os títulos para consoles maiores. Esse novo "God of War" é ambientado entre o primeiro e o segundo episódio da série e tem no enredo um de seus pontos fortes.

A trama apresenta detalhes da juventude de Kratos e retoma a história de seu irmão, sugerida em um vídeo no final do primeiro "God of War" ao mesmo tempo em que mostra Kratos, coroado Deus da Guerra, liderando os soldados de Esparta. Os detalhes do enredo preenchem perfeitamente o espaço entre os dois jogos do PS2, e é difícil imaginar que o roteiro de "Ghost of Sparta" não estava previsto desde o começo da série.

O game acrescenta novas mecânicas ao já eficiente e variado repertório de Kratos, a mais interessante é a barra de fogo que, ao ser preenchida, permite ao jogador ativar chamas nas lâminas do herói. O fogo aumenta o dano das lâminas e cria cargas explosivas. Como a barra se enche rapidamente, são uma presença constante no jogo e parte essencial dos novos ataques do Fantasma de Esparta.

 

Kratos ganhou um novo movimento de esquiva e uma lança e escudo que tornam o herói ainda mais brutal. O maior problema do jogo está na disposição dos controles, com o bloqueio e esquiva nos botões de ombro do PSP e os ataques nos botões frontais, que tornam a jogatina cansativa - e dolorosa - após algumas horas.

"Ghost of Sparta" não tem momentos tão impactantes nem lutas contra chefes tão intensas quanto as de "God of War III", mas é repleto de ação do começo ao fim. Pena que o maior chefe do jogo está logo na primeira fase, uma gigantesca serpente marinha que tenta levar o navio de Kratos para as profundezas.

Ao lado de "Metal Gear Solid: Peace Walker", "Ghost of Sparta" é um dos grandes - e poucos - jogos obrigatórios do PSP em 2010. Com sequências de computação gráfica fantásticas e otímos eventos de ação contextual, marca registrada de "God of War", o jogo da Ready at Dawn poderia facilmente ser lançado para um console "maior".